Operação Limpidare: integrantes de grupo de extermínio são condenados por triplo homicídio em Ielmo

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05 de Junho

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O Tribunal do Júri da 
Comarca
 de Macaíba condenou seis dos setes réus acusados de cometerem um triplo homicídio ocorrido em Umari, zona rural do município de Ielmo Marinho, em julho de 2017. As vítimas, três jovens com idades entre 15 e 21 anos, foram assassinadas durante a madrugada, enquanto estavam em suas casas. O Júri foi presidido pelo juiz da 3ª Vara de Macaíba, Diego Dantas.
Os seis condenados cumprirão penas que variam de 36 a 103 anos de reclusão, por três homicídios qualificados e participação em organização criminosa armada. Um dos réus foi absolvido da acusação de integrar milícia e condenado exclusivamente por favorecimento pessoal, com a pena desclassificada para o 
Juizado Especial
 Criminal.
De acordo com a denúncia do 
Ministério Público
 Estadual, os crimes foram cometidos por um grupo armado, estruturado sob a forma de milícia, que atuava sob o pretexto de prestar segurança, mas exercia poder paralelo na região.

Durante a fase de instrução, três acusados firmaram acordos de colaboração premiada, delatando os demais envolvidos e possibilitando a redução de suas penas.
As condenações reconheceram que os réus atuavam como grupo de extermínio, praticando crimes motivados por razões torpes e utilizando recursos que impediram qualquer possibilidade de defesa por parte das vítimas. O regime inicial de cumprimento das penas será o fechado, com execução imediata das condenações.
Durante o julgamento, o 
Ministério Público
 destacou que considera este o grupo de extermínio mais letal que já atuou no Rio Grande do Norte, sendo alvo de mais de 110 inquéritos policiais relacionados a crimes semelhantes praticados em diversas localidades do estado, principalmente em Ceará-Mirim.
Investigações
As investigações começaram ainda em 2017, com a coleta de provas técnicas, interceptações telefônicas e laudos periciais. A denúncia foi formalizada em 2019 e envolveu doze pessoas. Durante a tramitação processual, parte dos réus teve o processo desmembrado, incluindo um acusado submetido a incidente de insanidade mental e outro que será julgado em data futura.

Por: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte

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